POESIA

PONTO COM LETRA – III FLAMATEC

A partir de 2008, através da parceria com a APPERJ, foi iniciada a atividade “Ponto com Letra” no projeto Ponto de Cultura Fazendo a Diferença em Paquetá.

Além de promover o intercâmbio entre escritores e as crianças, poetas foram convidados a participar das exposições de fotografia com poemas sobre Paquetá.

No III FLAMATEC estaremos ampliando o numero de participantes e abrindo novos temas relacionados com a exposição “Olhares – Baía de Guanabara por Jovens Fotógrafos de Paquetá”. O material será divulgado no Blog FLAMATEC durante a execução do projeto e posteriormente estarão presentes na exposição que será realizada na Biblioteca Escolar Municipal Joaquim Manoel de Macedo em 2023.

PAQUETÁ

                Marcia Agrau

Sob a sombra das tuas amendoeiras

ouvindo-te a canção doce das águas,

que sabem transformar todas as máguas

em músicas de noites seresteiras;

sob o chilreiro de teus passarinhos

que mal nasce a manhã saem de casa,

que, quando a tarde cai, voltam pros ninhos

ignorando se a maré se enche ou vaza;

embaixo deste céu de fantasia,

meio aos perfumes que de ti exalam,

infla-se o peito de beleza e alegria

e todos os temores se nos calam.

Sorri-se a toda a tua quietude

embalados por esta harmonia.

Crê-se que a vida é só plena virtude

e que seu tom mais triste é apenas nostalgia.

Quando as curvas revelas aos meus passos,

a areia clara contornando a ilha,

me lembro da paixão e dos abraços

e penso e sinto o quanto sou tua filha.

– Paquetá, Paquetá ! Perde o sentido

minha vida sem ter-te, Paquetá!

Porque sob o teu luar tão conhecido

quanto amor se passou … e passará !

À SOMBRA DO BAOBÁ

                                         Marcia Agrau

Venho de estranhas árvores antigas:

londrinos plátanos, eretos maricás,

longilíneas palmeiras holandesas…

e o mais tradicional dos baobás.

Direis de mim: é louca e mentirosa;

se apoia nessa coisa fantasiosa,

seus direitos, liberdades da poesia.

Semeia pelo mundo, escandalosa,

se arvorando escrever em verso e prosa

contra-sensos naturais a cada dia.

Quem me conhece, entanto, compreende

quão verdadeira eu sou sobre esta história.

Faltam-me outras árvores à memória

mas a verdade permanece a quem me entende.

E é por isso que hoje estou aqui,

a reverenciar o velho baobá

plantado pelo avô de minha mãe,

enraizado aqui, em Paquetá.

Quanta gente passou à sua sombra!

Quanta gente parou, olhou, marcou ,

feriu o tronco que a todos assombra

pelo tamanho e aqui deixou

“para sempre” gravado seu recado

ora de amor sincero, ora encantado,

apenas pelo impulso de deixar

seu  nome “para sempre” eternizado

no tronco deste velho baobá.

Não passa na cabeça dessa gente

que a árvore não fala mas que sente

os cortes que a vêm desfigurar,

que mesmo que ela viva mais  que a gente,

nem ela é permanente,

e um dia, no  futuro, irá tombar.

Não são as árvores o que permanece.

Das atitudes é que não se esquece.

Dos gestos, das palavras. Dos princípios .

São eles que eternizam na verdade .

São eles traduzindo a qualidade

de uma existência honrada e sem vícios.

Dizem que em Paquetá, à lua cheia,

as obras dos cientistas, dos artistas, dos poetas,

são murmuradas pelas águas inquietas

marulhando aos que as ouvirem, sobre a areia.

O velho Caetano, eu posso vê-lo,

na sombra deste imenso baobá :

os óculos, o branco do cabelo,

a voz que intuo firme e carinhosa

e as marcas do estudo e da bondade

que saem de seu rosto e se enraízam

no solo da pequena Paquetá…

PAQUETÁ

                              Heloisa Igreja

Antigamente os domingos prometiam

a ida à  Paquetá

as barcas repletas

a movimentação de gente alegre e feliz

Apitos da embarcação anunciavam a entrada no caís

descer rápido,alugar a bicicleta,pegar a charrete

Primeiro visitar os locais bucólicos

a Pedra da Moreninha

o Parque Darke de Mattos

a praia azul quieta e mansa

Depois o grande desafio

abraçar “Maria Gorda

descansar sob a frondosa árvore

apreciar a majestade de seu caule descomunal

A noite dormir na casa alugada

porta encostada

ausência de grades ou ferrolhos

janela aberta mostrando a lua

Não haviaviolência,medo

Prevalecia apenas o belo

A exuberância do flamboyant

O sentimento de ter encontrado a paz

Com o passar dos anos

abandonada pelo turismo

despida de suas vestes de princesa

descuidada pelo Homem

Amarga Paquetá estar nas mãos

das feras..dos traficantes

Paquetáagoniza

pede socorro sonha em voltar a ser paraíso

MORENINHA

                                Juçara Valverde

Se ilusões eu tinha,

não as deixei por aqui,

parti sob o sol e sombrinha

e a Moreninha não vi.

CAMINHOS DE PAQUETÁ

                                        Juçara Valverde

Busco,

procuro como o vento

novos espaços.

Ah! Paquetá, terra da Moreninha

quem sabe se ainda será

minha Ilha dos Amores.

Entro em rodamoinhos,

tonteio,

mas desbravo trilhas.

Corro, peço socorro.

Tropeço,

Persigo a viração

De dentro para fora,

emancipo a alma,

descubro saída na aurora.

MIRAGEM

                    Juçara Valverde

Macho em exposição,

vitrine de desejos

talvez ao alcance das mãos.

Falsas ilusões.

Apenas um meio sorriso,

deixado pelo ciclista.

Desapareceu na pista,

miragem em Paquetá

CONVERSA COM A NATUREZA

                           Juçara Valverde

Infância entre jardins,

lembranças perfumadas,

trazidas pelo verde-natureza

das paisagens de Paquetá.

Vislumbro o Baobá,

que não consigo abraçar,

a foto é difícil de enquadrar.

Persistente e resistente.

É a obstinação da natureza,

que o tempo deixou pra ficar.

Encheu minha vida vazia,

esta tarde de paz e harmonia,

Passado chegando ao presente.

em que a mãe-natureza,

acalmou minha alma

ao deslumbrar meu olhar.

RAÍZES

para Lúcia Matos

Barca para Paquetá, 13/07/ 2006.

Não sou negra,

            mas tenho raízes e no sangue a África.

Não sou homem,

            mas tenho raízes perpetuadas pelo ventre.

Não sou terra,

            mas tenho raízes na vida.

Não sou vento

            mas tenho sonhos em movimento.

Não sou ave,

            mas tenho esperanças que voam.

Não sou cantora

            mas tenho alma de poeta.

Não sou mais o que fui,

            o que fui se foi.

Não sou barco

            vou poetar em Paquetá

Não sou natureza

            vou rever o Baobá.

Juçara Valverde

Fragrâncias de Paquetá na Chácara da Moreninha

Aluizio Rezende

“se alguém me convidar

pra tomar banho em Paquetá,

prapic-nic na Barra da Tijuca

ou pra fazer um programa no Joá,

menina vai, com jeito vai…”

o cantor ou a cantora

(acho que ela melhor que ele)

nos trazem a beleza da canção

estás velho, tu me dirias

estou novo, eu sei que não

mas reconhecemos que a poesia

construída pelo tempo

em cima da melodia

nos enternece o coração…

NA RUA EM FRENTE  AO FAROL

Aluizio Rezende

aqui em Paquetá

as pessoas morreram

e foram todas pro paraíso

FOTOMAGIA

   Aluizio Rezende

na esteira da percepção visual

me deitei de olhos abertos

mas vi que era difícil enxergar

EM PAZ EM PAQUETÁ A PAZ QUE SEDUZ

Aluizio Rezende

eu fui a uma ilha singela

e vi muita paz, muita luz,

mas não vi nenhuma tão bela

que em Paquetá nos seduz

uma imagem de paz

pintei a tua imagem

na Ilha dos (meus) Amores

quando o frescor da aragem

me acalmou os fervores

ondas em paz

parado em pleno convés

não sinto o navio adernar

mas sinto que são os meus pés

que acalmam as ondas do mar

PINCEL, CINZEL E LUZ

                                             Marcílio Freire

Sobre a tela,

Na fundição das cores,

Desliza o pincel.

Dentro de horas surgirá

O que está na mente do artista.

Fere a pedra o cinzel.

Volta a ferir,

Aqui e ali.

Passam dias.

Começar a tomar forma

o que está na mente do artista.

Com arte,

usando a luz em todos os seus espectros,

instantaneamente,

perpetuo o que me mostra a emoção.

Está pronta a obra !

Fotografei !

LUTO VERDE

                                 Maria Luiza Falcão

(18 de março de 2006 – a ilha de Paquetá no Rio de Janeiro foi atingida por ventos de mais de 150 km por hora)

Paquetá está de luto.
Nem mesmo a mística das mortes em série, tão conhecida na ilha, seria capaz de prever tal desastre.
Não presenciei a catástrofe, mas pude vê-la através de fotos.
Foi como ver e identificar corpos depois de um acidente.
Cada um daqueles membros mutilados, daqueles seres tombados, de suas entranhas expostas…
Uma dor profunda, afinal, são todos meus conhecidos.
Fraternos amigos de anos, décadas.
Companheiros que nos acompanham há gerações.
Que nos alimentam, sombreiam, abrigam nossos passarinhos, enchem nossas vidas de sonhos.
Mortos para sempre. Para nunca mais.
Como caminhar & cantar em serenata pelas ruas de Paquetá sem a presença deles?
Como ter em festa o coração diante de tantas ausências?
Nosso chão cobre-se com o sangue de suas seivas.
O mar se recolhe respeitoso.
A lua pranteia oculta sua dor…E nós?
É hora de enterrar nossos mortos.
Chorar por eles e lamentar.
Mas nunca, jamais, marcar com um lugar vazio a ausência deles.
Que no momento seguinte, renovemos a vida!
Assim, Paquetaenses, vamos repôr no lugar os exemplares que neste dia, a natureza em fúria tirou de nós.
Replantemos nossa ilha, não só por ser algo ecologicamente correto, mas sim, e principalmente, por respeito às nossas árvores, que hoje, em cortejo, temos que sepultar.

obs.: este texto foi escrito em caráter específico para um lugar e uma situação, mas eu pergunto: quantas árvores você já viu tombar sem que ninguém erguesse por elas sequer uma palavra? quantas, por uma fatalidade ou pela fúria da natureza, foram vitimadas sem que alguém se preocupasse, no instante seguinte, em recompor o vazio deixado?

ÁGUA

Elisa Flores

Água dos riachos
de fontes cristalinas,
dos rios sinuosos
Insinuando serpentes
e peixes de açúcar – candi
Água dos mares navegados
por sereias e magos
Água das lagoas e lagos
sob as régias vitórias
Água que saliva
gotas de alcaçuz

para acalmar a tosse das ondas
na salsugem das marés
Água que sacia a sede
da terra e dos verdes
e que -pura-
lava o corpo,
batiza a alma
com a chuva dos olhos
e o choro de Deus.

FOTOGRAFIA

Tanussi Cardoso

O que

sem palavras

fala

Ou o que

sendo vista

cala

Ou o que

espelho

não mascara.

Ou o que se fora

não mais sara.

Ou o que

sombra é luz

na sala.

A PONTE DA SAUDADE

Celi Luz

O amor começa no domingo

os olhos acompanham o sol na praia

o sol da palavra desponta na Ilha

A bucólica Ilha de Paquetá

no doce vai e vem das ondas

os versos em suas águas profundas

O amor vai pela segunda-feira

as palavras chegam com as barcas

para a calmaria dessas ruas

Na terça-feira, a paixão pelas árvores

um abraço emocionado ao Baobá

que chamam de Maria Gorda

A palavra voa com as gaivotas

vêm e vão em bailado sobre o mar

Aves silvestres cantam a quarta-feira

Quinta-feira, Caieira e as belas pedras

A Pedra da Moreninha homenagem

ao romance de Joaquim Macedo

Sexta-feira, capela de S. Roque, o poço

o coreto, o museu, o Solar D’ El Rei

Ah! Paquetá! Palavras são conchas

Um sábado de coqueiros e de pesca

de charretes e de bicicletas, e no domingo

Igreja do Senhor Bom Jesus do Monte

Das histórias, a que mais me fascina

é a do escravo João. Na ponte, ele rezava

por sua família que ficou na África

AS PEGADAS APAGADAS
Tchello d’Barros


Dançam nuvens lá no céu
Para o sol desta tarde
O branco dessas nuvens

Fazem rimas nesta praia

Com as espumas das ondas

Essas tépidas marolas
Antes de voltar ao mar

Roubam beijos da areia
Acordam as conchinhas

Molham os pés das gaivotas

E as pegadas na areia
Do casal que ali passou
As ondas também levaram
Antes mesmo que acabasse

Essa história de amor

DE PERFUMES E PERFÍDIAS
Tchello d’Barros


Olores de sândalo
Perfumes na brisa
Marulho de ondas
Pegadas na praia

No calor da tarde
Ao sol tropical
Dilatam pupilas
Acendem desejos

Um úmido vento
Aromas de pétalas  
Níveas nuances

Essa tarde que arde
Hoje denuncia
Alguém tão ausente

O GUARDIÃO

Maria Luiza Falcão


Eu sou o guardião.
Guardião do que? Das árvores, ora!
Muita gente acha que eu já estou até me parecendo com uma árvore. Eu, sinceramente, não acho. Mas se assim for, não me importo. Afinal, existe algo mais lindo do que uma árvore?
Em Paquetá, onde eu moro, elas são muitas e estão por toda parte. Nos quintais, no meio das ruas, interrompendo muros, passando por cima e, às vezes, por baixo das casas.
E são de vários tipos, para todos os gostos. Para quem aprecia as flores, flamboyant, acácia, ipê, papoula, pata-de-vaca, dama-da-noite, azaléia, bouganville… Para os que preferem as frutas, manga, laranja, limão, sapoti, carambola, pitanga, jaboticaba, acerola, cacau, abacate, cajú, fruta-de-conde, jambo, jamelão, tamarindo, graviola, figo… até café!
Tem também o Pau-Brasil, aquele que deu nome ao nosso país.
E o Baobá? Ah… este é especial… O nosso com suas belas flores, que mesmo depois de secas continuam belas, aveludadas e, dizem, portadoras de sorte… mas frutos, não os tem. Pudera! Esse nosso amigo de quase 400 anos é um exemplar macho.
Eu estou aqui hoje para uma tarefa especial. Venho fazer um pedido. Há muito tempo que eu cuido das árvores e, ultimamente, venho me sentindo cansado. Também, o trabalho aumentou. Não que as árvores tenham crescido em número, ao contrário… infelizmente, é justo por isso que tenho trabalhado tanto!
Tem gente que vem nos visitar e se apaixona pelo lugar. Claro! É tudo tão lindo… Aí resolvem vir morar e, ao invés de aproveitarem o que temos de bom, decidem modificar as coisas, deixando o lugar com cara de qualquer outro bairro. Isto é um absurdo! Afinal, isso aqui é o que é, justamente porque é do jeito que é. Ou não é?
Por isso eu peço: juntem-se a mim e protejam as árvores. Gritem, esperneiem, se agarrem a elas se for preciso, mas não permitam que elas sejam feridas em sua dignidade pelas facas dos falsos enamorados, ou que tombem em nome do progresso. O nosso progresso depende delas. Elas nos receberam quando aqui chegamos, são testemunhas da história e continuarão neste solo mesmo depois de nós irmos para debaixo dele.
Pensem nisso. Uma árvore não é só flor, fruto ou sombra. Ela está tão viva quanto qualquer um de nós.

PAQUETÁ E SEUS AMORES

                                Nanci Vicente

Paquetá de todos os amores,

que circulam por suas ruas bucólicas:

os pueris,saudados pelas gaivotas

numa aquarela de liberdade

e beleza infantis;

os unidos pelo sacramento,

cortejados por sinfonias de pássaros

a cada manhã e entardecer;

os marginalizados,protegidos pelo manto

deflamboyants,buganvilles e ipês,

mesclando poesia no ar;

os clandestinos,que buscam a parceria

de praias calmas beijando a areia,

enquanto o desejo incendeia.

Paquetá de todos os amores,

ninguém resiste a você!

Também,como não ceder

a um pôr-de-sol afrodisíaco

e a um luar pra lá de zen ?!

TUA HISTÓRIA

Nanci Vicente

Quando o verbo amanheceu,

o parto se fez natureza

e o belo resplandeceu

O ar emanou pureza.

A água gotejou frescor.

A terra brotou sementes.

Logo,na tua meninice

a fauna e a flora

se tornaram exuberantes

e os índios te habitaram

respeitando tua beleza

carioca,desconcertante.

Ao ficares menina-moça,

foste sendo cobiçada

por nobres de outros mares,

que fincaram no teu chão

casarios de brasão.

Ao te tornares mulher,

aportou em tuas terras

a especulação imobiliária

que,com o aval de teus tutores,

fez em ti o que bem quis.

Hoje,és uma senhora

que sobrevive,ainda bela,

dando abrigo aos passarinhos,

às crianças,aos namorados

e,também,a teus idosos.

Agressões e desrespeito

ao longo de tua vida,

certamente,irão te ferir.

Mas,nunca irás perder

o charme e o carisma

de ser a mais formosa ilha

que a Guanabara abriga.

Deus te salve,Paquetá!

PAQUETÁ E SEUS AMORES

Nanci Vicente

Paquetá de todos os amores,

que circulam por suas ruas bucólicas:

os pueris,saudados pelas gaivotas

numa aquarela de liberdade

e beleza infantis;

os unidos pelo sacramento,

cortejados por sinfonias de pássaros

a cada manhã e entardecer;

os marginalizados,protegidos pelo manto

de flamboyants, buganvilles e ipês,

mesclando poesia no ar;

os clandestinos, que buscam a parceria

de praias calmas beijando a areia,

enquanto o desejo incendeia.

Paquetá de todos os amores,

ninguém resiste a você!

Também,como não ceder

a um pôr-de-sol afrodisíaco

e a um luar pra lá de zen?!

OXUM

Lucia Mattos

Senhora das águas

Que reina soberana

Na correnteza do rio

Fonte de magia!

Sua imagem reflete

Força e sabedoria

E, toda sua  riqueza.

No percurso das águas

Infinita beleza!

No borbulhar da cachoeira:

O ouro, verde, aluz

O olhar , o amor de mãe
Mãe Terra, a Natureza

Protegendo seus filhos

De todas as incertezas!

Lavando minh”alma das impurezas

Reina a paz

Na doçura da lágrima que cai!

Do livro de poemas “Alquimizamba” –Rj 21/11/2022

FOTOPOEMA

Sérgio Gerônimo

procurei aterrissar meus olhos

e no espelhado aeroporto/baía

guanabarei minhas asas

minha envergadura de norte a sul

do lameirão à imbuca

espreguiçando nas ondas do clima

espraiando dos tamoios ao macedo

fiz e faço história

fotografo minhas estações

morenando sabores

a são roque ofereço iguarias

descanso baobás centenários

e coqueiros atrevidos de braços ao ar

que em cores fortalecem

castelos, covancas

pedreiras, vigários, paineiras

costallats e velosos

vento

praio

volatizo

porque nunca deixo de voar

minha sorte planar

em águas

morenar, bonifaciar

catimbauar, gaivotar

inspiro o abraço

carícia em flashes

de um rio de janeiro

SER POETA

Dianna Ballis

O ser é mar
É livre de amarras
Na arte de escrever
No encanto de alma
O lugar de amor
Num vivo livro

Expande fronteiras
Abraça diversidades
Almeja a Cultura
Serve às minorias
Detesta austeridade

Em versos sem rimas
Conteúdo de brava resiliência
Vê e indaga às aguas?
Resultam ecos…

Filtram os outros
Na verdade fluida
É Deusa das águas.



INSTANTÂNEOS

Beatriz Dutra

Os últimos raios

de sol crepuscular

a avermelhar

as ondas do mar.

CLIC!

 O vôo retilíneo

de ave solitária

na direção

de desejada

companhia.

CLIC!

Dois namorados

a contemplar o mar

juram pra sempre,

sempre se amar…

CLIC!

Serena embarcação

suavemente vai

pra longe, longe…

Pra onde?  Onde?

CLIC!

Instantes de vida,

beleza

flagrada.

Fugacidades.

Breves eternidades?

CLIC!  CLIC!  CLIC!

MATURIDADE

a infância descansa


 na foto à parede


fora da imagem


na solidão do  quintal  

  fugiu   sem avisar

  Luiz Otávio Oliani

À BEIRA MAR

Carolina Luna

Vejo

O azul claro do céu

O verde escuro do mar

Unidos na linha do horizonte

Onde ninguém pode chegar

Vejo

O bando de gaivotas

Que lindas elas são

Voando sem rumo

Sem direção

Ouço

O som do mar

Às ondas estourando

Na areia branquinha

Onde eu estou brincando

Sinto

À brisa passando

O vento soprando

O sol se fechando

E a lua chegando

BAOBÁ PAQUETÁ

Baobá bá Paquetá

Tá Paquetá Bá Baobá

Beijei o Baobá

Nas lonjuras de minha infância

Baobei  beijei o Baobá

Naquela noite não dormi

Lembrando beijo Baobá

Muitas eras transcorreram

Mais da metade de século passou

E voltei a Paquetá

De pouco detalhe recordava

Joaquim Manuel de Macedo

Moreninhas morenar.

Foi quando vislumbrei o Baobá

Tomado de instantâneo arrepio

Abraçei meu amigo

Renovei meu carinho

Senti toda a vida girar

Paquetá bá Baobá

Baobando

Bá beleza brilho no mar

Bá Baobá

Baobei

Beijei o Baobá.

Alexandre Acampora

RIO UM MAR POR AMAR O RIO 

as curvas das ondas moldam meu riso
rio por amar esse Rio em cor e mar

no ardor das guerras uma luz de Odara
nessa Guanabara de extrema beleza

pelas profundezas desse oceano
me entrego ao mar feito fino rio

escrava do caos do sol e do samba
rio na certeza de amar o Rio.

Val Mello

DESPERDÍCIO

A torneira pinga, pinga, pinga…
Água boa ,da fonte, da sede
Que escorre pelo ralo
i-nu-til-mente
e se une à imundice do homem a- céfalo.
A boca aberta do tempo formiga, fermenta, fissura
seca, sedenta de água
-morre de sede.
E somente pela secura se arrepende.

Tereza Drummond

VERSOS E ONDAS

meus versos,
como ondas,
dançam ao sabor das vagas…
praia sem limites…
às vezes,
vagam aos ventos,
flutuam com a maresia,
ecoam rimas e
métricas. na areia,
berço para poemas incertos,
meus versos
sucumbem a pés descalços.
meus versos livres…
quais vazantes de marés,
efêmeros!
sofrem a quadratura dos astros.
meus poemas,
por vezes, se agitam
e meus poros se
afrouxam no êxtase das
ressacas que se
levantam!
minha poesia,
às vezes, é pura
mansidão… flutua suave
na calmaria de mares sem
ventos.

Amalri Nascimento

ÁGUA DE CACHOEIRA

águas correntes de cachoeira
torrente feito véu de noiva
leva-me por arroios
lassos lava-me os males
da alma
mistura-me à essência corredeira
às margens de regatos descansaremos
ou nas enseadas dos mares dançaremos as valsas
das baixas e preamares.

Amalri Nascimento

O MAR EM NÓS

lambendo areias
sob a quadratura dos astros
sou franjas de mar revolto
águas inquietas de baixa -mares e preamares
marés irrequietas de forças afoitas
maresias que o vento açoita
na praia de sol a pino sou
reflexos miragens no horizonte
nu
nas vagas que vão e voltam
sou o espraiar das ondas que apagam os
rastros dos meus próprios pés descalços
nas espumas de prata leves e soltas enfeitando
crinas sou o sopro agreste de lembranças incautas
a esculpir cimos de costas
corroído pela erosão da força dos mares
elevo -me nas falésias que se inclinam
à deriva em leito lasso
sou a fragata que cruza os ares
sobre berço esplêndido encobrindo abissos
divago na calmaria de pensamentos lentos
sofrendo bandas ou caturradas ao sabor das vagas
sou o encouraçado que jamais naufraga
para enfrentar os maus
presságios sou a carranca de proa
navegando por tempestades de oceanos profundos
sou o tridente em riste na mão do deus Netuno
sou o astrolábio…
minha própria estrela
guia! sou a bússola…
a agulha magnética e o norte
minha própria sorte!
a tábua de sustentação não se quebre…
ao porto seguro leve -me leve
sou o náufrago que sonha
o mar que há em nós.

Amalri Nascimento

 MAR

Maria do Carmo Bomfim

ÁGUAS

As colinas verdes,

O lago cristal azul

E o céu quase branco.

Passeio ocioso,

Preocupação zero

Placidez lacustre.

Flui, transformando-se

Talvez na mesma coisa,

A maré fugidia.

Banhou-se em meu lago

Bebeu no meu copo,

lua de cristal.

A dança da água

reflete o céu dourado

Espelho ondulante.

Praia entre montanhas

As profundezas do azul

Sussuros do mar.

Ilha de navios

No horizonte fulgurantes

Clarividências.

Àgua, poeira, luz

Distinta espessura,

Mesma essência

Márcio Catunda

PAQUETÁ

Paquetá me remete a infância

Não só pelas lembranças

Dos piqueniques familiares de então

Mas principalmente pela calma de hoje,

Nesse mundo em turbilhão….

Onde mais se pode ver

Crianças nas ruas a brincar?

Não há medo de carros,

Porque carros não há!…

As aguas, calmas e serenas,

Impedem o medo do mar.

Angela Maria Carrocino.

O COMEÇO

As ideias se formam
No balanço das ondas.

Antes que se afogassem
Proporcionaram-nos bons momentos
Junto ao quebra –mar.

Havia um show de rock
Em homenagem ao “homem-pássaro”,
e as intenções eram tão dançantes
quanto a brisa que nos unia
em única expectativa.

Há pouco
Sequer supúnhamos a existência um do outro.

Estávamos ali
Repartindo os mesmos goles das nossas salivas.

Nos apoderamos de toda a areia,
de todo o oceano, bebemos fantasias e realidades
no mesmo cálice
antes que nos calássemos.

Desenvolvemos a capacidade de adocicar a água do mar
com o simples toque de nossas almas,
que, mal sabíamos,
estavam salvas,
uma na outra
afogadas.

Jakeson Sala

OH! PAQUETÁ

Oh! Paquetá! Oh! Paquetá!
De tantos poemas em louvores
A ti venho poetar também
Querida Ilha dos Amores
Aconchego a todos que vêm.

És poesia por natureza
Uma pintura linda e
Real Faz jus á sua plena beleza
Solo fértil, turístico e do cal

Aqui reina a cultura e o mar
Uma rica história colonial
Que dá prazer em passear

Nesse lugar tão genial
Oh! Paquetá Oh !Paquetá
Como é bom te amar!

Jorge Cosendey

NATUREZA ROMANTIZADA DO ALVORECER

Não nego, renego ou me entrego
essas são minhas raízes
Negro, índio, preto, mulato, acadêmico e favelado
nunca deixo de lado este fato
chuva, verão, sol, inverno inverso solidão
no arvorecer, com raça eu ralo e falo
toda raiz que é tratada, regada, é farta
cresce, rejuvenesce e frutifica e fica, fica!
Liberdade, pássaro que bate suas folhas
No mais que voar, flanar
Encontra certeza no horizonte conhecer
O meio ambiente acolher
Terra de querer, Liberdade amadurecer
Natureza favela, raiz do saber
Quem nela cresce tende florescer, vencer
“Eu sou periferia favela! Não venha me desmerecer!”

Victor Meirelles

DO JEITO QUE TUDO FICOU

A Doris Monteiro


No balanço do mar de Copacabana 
       espraiam-se melodias de outros dias 
cigarras cantam noite afora 
prima-donas de um passado de auroras.
Naqueles tempos 
nosso Rio não sofria tantos desvarios 
Ângela e Dolores cantavam suas dores 
         Doris trocava de conversa 
só para ver a lua bêbada da festa.
Hoje, a maré empurra para o horizonte 
          ecos de um pandeiro 
           nasce um novo dia 
          jamais o derradeiro

Karla Júlia

GRÃO DE AREIA


grão
pingo de universo
gota de terra no oceano
um grão
monossílabo que preenche a boca
e demora pouco
na palma da mão
 grão
gota de universo
pingo de terra
que se encerra 
no chão
microscópica beleza
infinitas estrelas
contam mais de bilhão
chão
grão
mão
tocam-se na tarde
numa praia distante
num gesto terno
de afagar
o mundo
vão

José Guará

O kitesurfista

o fio em riste fere a mão do surfista
e ele iça vôos 
desenha no horizonte ângulos diversos
com a lâmina da água de luminosidade claríssima,
claríssima
como uma caldeira fervente de prata derretida
ou o mercúrio estilhaçado dos termômetros antigos, sabe?

mas era água
e ondulava
e deslizava
e ia, ia, só ia
era água!

outros homens e outras mulheres com seus fios e pipas
e pranchas
levavam as certezas a punho,
a firmeza do mundo,
como se as possuíssem inteiras

toda a razão possível, tinham
é importante ter razão: os mares se abrem assim
espero que haja felicidade também nela…

José Guará

Coração Lagoa

A foto revelou, do alto, a Lagoa
E o sapo, no salto, não corou à toa
Sabia que havia sonho na imagem
Mirada pelo olho de clique mágico:
pulsando peixes, minerais e mistérios mais,
o coração Lagoa no corpo Rio

Em volta, no meio fio,

os homens mergulhados nos seus meios
contraem músculos e, às vezes,
param agarrados pela flecha
de um safado cupido
E brotam das árvores, esculpidos,
Eternos amores sensatos,
pacatos, vulcânicos,
veementes e vadios

O sapo não corou à toa
Sabe a vida da Lagoa
e sofre a nostalgia
de ter sido, um dia,
sapo sujo só de lama

E, no clique do instante, sonha
a coragem do enamorado salto
na morada, Lagoa sua
coração de água que ama

Delayne Brasil

SOBRE O MAR

As praias, hospedeiras das ondas,

me ensinaram a conversar com o mar.

Amante das sereias sertanejas,
hei de ir mais fundo no mar
até conquistar a autoria das pérolas,
até me aconchegar no lençol das suas conchas
e beber sua essência mineral nas folhas líquidas

que sobem nos vapores até o anil do céu.

Mergulho, agora, no sossego dos galhos.

Desfolho o sono dos grotões
e meus olhos desnudam tesouros,

rompendo a estranha solidão

que atravessava meus passos.

Amante rude das sereias sertanejas,

no leito do mar vi o gramado das águas

espelhando as formas da beleza.

Vi as sete cores celestes reluzindo

na couraça argêntea da pele do mar.

Foi assim, sobre as águas do mar,

andando.

José Inácio Vieira de Melo

(Poema do livro Entre a estrada e a estrela)

CALMARIA

Lua refletida no mar ilumina o barco como uma foto,

parado no tempo imaginado de histórias.

Silêncio com cheiro de peixe e maresia.

Brisa que toca pele, arrepia pensamento, nessa noite quente de verão, 

mas lá no continente, pois aqui é só olhar, sentir e respirar a calmaria do tempo de Paquetá.

Ligia Feijo

ÁGUA

Nenhum homem

traz consigo memória infeliz

quer por natureza ou fluida origem:

água

homem algum esgota

a capacidade divina de ser

nada se extenua no sopro:

ar

todo homem sabe

que somente não ser

a alma é capaz de espalhar-se:

mar

Dedicado a Profª Doutora Lúcia Reis Arruda

Mozart Carvalho

EU, ARREBOL

na paragem sombria dos dias luzidios
pensamentos mais plúmbeos
fustigam feito autorreflexões

sou filho de Febo e uma rajada
de raios me abrem atalhos
nesta floresta escura de ramagens

ó tentação de invejosos,
ladrões do brilho alheio!
nada me será tão lume quanto
o talento de ser eu diante de
opacos seres

sou feito de tudo que transparece:
luz, água, palavra, alma
próspera é a poesia do olhar
e fecundo é o Sol ao engravidar o mar

Jorge Ventura

MAR


Mar, coração da Terra  
Nas ondas, os  batimentos 
Cuja dança pulsátil  
unida ao vento  
atrai muitos kitesurfistas  
 
Calmaria, 
 nos remete por vezes a sensação de  tédio,  
 e por outras a paz e a alegria  
 
A ressaca é sinal de   estresse aquático 
E quando acontece,

pode provocar até taquicardia.
 



CLAUDIA LUNA

OLHAR

 

Todos olham. 
Nem todos vêem. 
O que é visto
depende de como se olha,
depende do que se permite ver. 
Dizem: olhamos no outro
o que em nós
Podemos ver.

[Será]

CLAUDIA LUNA

POETAS COLABORADORES

  • ALEXANDRE ACAMPORA – poeta e escritor.Carioca, tem cinco livros publicados entre crônicas, poemas,artigos de imprensa e história.Pertence a Academia Tocantinense de Letras.
  • ALUIZIO REZENDE – carioca, poeta, cronista, ensaísta, contista, escritor,fundador do Poveb (Poesia, Você Está na Barra), movimento cultural com eventos na Barra da Tijuca, é autor de dois livros de contos e um de poesia. É freqüentador assíduo de eventos poéticos no Rio.
  • AMALRI NASCIMENTO é Suboficial da reserva da Marinha do Brasil, poeta potiguar, radicado no Rio de Janeiro. No meio literário, é Membro Correspondente de várias entidades literárias e culturais; autor premiado em diversos concursos literários com participação em dezenas de antologias; Certificado “Melhores Contistas 2013”, pela Editora Mágico de Oz e Sociedade Cultural da Ilha da Madeira/PT; possui o indicador “Autor – Estrelas Douradas” pela CBJE; possui um conto vertido para o inglês e espanhol. Consta do Catálogo Brasileiro de Autores Brasileiros Contemporâneos. Publicou “Sob o farfalhar do juazeiro e outros contos que conto” – Ed. Caçadores de Sonhos/WI 2020 e Universo Multiverso – Poesia, Ed. Caçadores de Sonhos 2022. Como Artista Plástico, autodidata, foi premiado em diversos Salões de Artes Plásticas, promovidos e/ou apoiados pela SBBA. Exerce a função de Diretor-Secretário, triênio 2022/2024, na APPERJ
  • ANGELA MARIA CARROCINO –paulista de Pindamonhangaba, mas criada no Rio de Janeiro. Foi professora do extinto Estado da Guanabara, do Estado do Rio de Janeiro,do município do Rio de Janeiro e, finalmente, professora federal do Colégio Pedro II, onde se aposentou. Formada pela UERJ esta pedagoga além de artista plástica ,escreve em prosa e verso.Tem 11 livros publicados ,5 doa quais associados a outras habilidades artísticas .Participou de diversas coletâneas e antologias. Foi Diretora Cultural do SEERJ–(Sindicato dos Escritores do Estado do Rio de Janeiro),onde criou o “CHARAU”-um sarau com chá e charme ,em evento lítero – musical . É integrante do Grupo Poesia Simplesmente, que este ano completa 25 anos de existência
  •  BEATRIZ DUTRA – carioca, advogada, professora universitária com pós-graduação em Direito Privado pela UFRJ. Membro titular da Academia de Letras Rio – Cidade Maravilhosa (RJ) e Apperjiana. Publicou os livros de poesia “Mônadas” e “Simplicidade”.
  • CAROLINA LUNA – Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO (2009). Pós Graduação em Medicina do Trabalho pela Universidade Estácio de Sá (2014) e Titulo de Especialista em Medicina do Trabalho pela Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT) e Associação Médica Brasileira (AMB) (2018). Pós Graduação em Nutrologia pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) (2014). Residência Médica em Pediatria pelo Hospital Federal de Bonsucesso / Ministério da Saúde (2018). Título de Especialista em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e AMB (2019). Residência Médica em Alergia e Imunologia Pediátrica no Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF) / FIOCRUZ (2021). Título de Especialista em Alergia e Imunologia pela Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) e AMB (2021). Atualmente atua como médica pediatra do Hospital Municipal Jesus e médica do trabalho da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Mestranda em Pesquisa Aplicada à Saúde da Criança e da Mulher no IFF/ Fiocruz (Em andamento). Aos 9 anos participou do Livro “De Coração para Coração”, foi quando escreveu essa poesia.
    • .
  • CELI LUZ–Formada e pós graduada em Português e Literatura pela UFRJ. Celi se interessou pela leitura  bem nova e descobriu a poesia através de autoras como Cecília Meireles, Cora Coralina e  Adélia Prado .Aos dez anos começou a escrever. Foi vencedora em 2017 do Troféu Sem Fronteiras, concurso internacional de poesia. Seu livro “Travessia “ foi premiado antes de ser lançado no Concurso Internacional do Livro Inédito Escritora com 7 livros publicados ,vários prêmios no Brasil e no exterior.É membro do PEN Clube, da UBE e da APPERJ.

  • DELAYNE BRASIL : Natural de Seropédica/RJ. Cursou Letras/UFRJ. Integrante do grupo Poesia Simplesmente, com o qual publicou 3 livros (em 1999, 2001 e 2008). Participa de coletâneas e publicações literárias e audiovisuais. Lançou o CD Nota no Verso, em 2003, com poemas musicados de autores contemporâneos. Publicou, em 2013, o livro de poesias Em Obras – Oficina Editores. É do coletivo Estados Gerais da Cultura.
  • ELISA FLORES – Carioca , professora da UFRJ e da UNIRIO. Autora de 15  livros “solo”, incluindo antologias(poesias, contos, crônicas, trovas, aldravias) e artigos publicados em revistas e jornais, na área das letras e da música, com premiações  em diploma, medalhas e troféus. E membro de entidades como  PEN Clube, APPERJ, UBE, UBT,  Divine Académie Française dês Arts, Sciences et Culture e da Academia Luso Brasileira de Letras.
  • .
  • FABIO FERNANDO – Poeta, desenhista-ilustrador, retratista e caricaturista. Nascido em 5 de Agosto de 1960, pernambucano de Vitória de Santo Antão, viveu em S. Paulo e no Rio. Atualmente vive em Porto de Galinhas, em Pernabuco. Ilustrador do livro “TRIO PATINHAS TWO – UM ESCRACHO LÍRICO” da Ventura Editora, entre outros trabalhos editoriais.
  • GISELE SANT’ANA LEMOS – Poeta Diana Balis. Psicóloga e Editora. Publica livros e revistas.Agraciada com o titulo de Comendadora, Personalidade Literária Internacional recebida pela “Academia de Artes, Letras e Ciências” Cruz Alta ,RS em 2021;recebeu no ano de 2022 a Comenda Cícero Pedro de Melo” ,por sua importante contribuição no cenário Literário ,de Pomerode, SC. Publica 3 livros solos, 8 CDS, com músicas e poesias autorais. Participa de 48 coletâneas Literárias,Nacionais e Internacionais.
  • HELOÍSA IGREJA -(in memoriam) – Dedicou-se a estudos ligados as áreas de Educação e Cultura,  Pedagoga, Professora de Português e Literatura, Bacharelada em Filosofia pela UFRJ. Pós-Graduada em Literatura Brasileira (Machado de Assis) em Docência Superior (Educação). Publicou: Sonho & Realidade (Poesia) e participou de inúmeras Antologias e Revistas Literárias. Membro do SEERJ, APPERJ.
  • JACKESON LACERDA –Poeta, Escritor, Jornalista, Advogado. Presidente da Casa do Poeta do Rio de Janeiro. Membro da Apperj, publicou 9 livros e 1 DVD. Co – autor em diversas antologias de literárias brasileiras. Foi Diretor do Sindicato dos Escritores do Estado do Rio de Janeiro. Nasceu no município de São Gonçalo, RJ, no dia do aniversário do poeta Mario Quintana,30 de julho. Pseudônimo:Jackson Sala.

  • JORGE COSENDEY – Poeta, escritor , radialista,formado e pós graduado em Letras.Autor de 8 livros : o mais recente livro de pomas com o título & tentações da Alma-baseado nos Sete Pecados Capitais. Coordenador do projeto Voluntários da Poesia que atua em hospitais, asilos e escolas com recitais de poema.

  • JORGE VENTURA– é ator, publicitário, escritor, poeta, editor da Ventura Editores.Cursou Artes Dramáticas na Escola Martins Penna, quando atuou em peças de autores consagrados como Brecht, Gogol, Ariano Suassuna, José Vicente, Dias Gomes, Gianfrancesco Guarnieri e Plínio Marcos, e hoje soma mais de 30 peças de teatro em seu currículo. Presidente da APPERJ (Associação Profissional de Poetas no Rio de Janeiro), foi membro da diretoria do SEERJ (Sindicato dos Escritores do Estado do Rio de Janeiro ), Cônsul Poetas Del Mundo (região Recreio dos Bandeirantes/RJ), Membro da SBPA (Sociedade Brasileira dos Poetas Aldravianistas), Membro da IWA (Associação Internacional de Escritores e Artistas) e um dos coordenadores do Movimento Poetas Sem Fronteiras, e atua, como convidado especial, nas atrações cênico-poéticas do Grupo Poesia Simplesmente. Recém empossado no Penn Clube do Brasil. Participa do Ponto de Cultura Fazendo a Diferença em Paquetá na ação do Ponto com Letra desde 2014 colaborando.

  • JOSÉ INÁCIO VIEIRA DE MELO​ (1968), alagoano radicado na Bahia, é poeta, jornalista e produtor cultural. Publicou nove livros de poemas, dentre eles Sete (2015),  Entre a estrada e a estrela (2017) e Garatujas Selvagens (2021). Participa de várias antologias no Brasil e no exterior. Coordenador e curador de vários eventos literários, como a Praça de Poesia e Cordel, na 9ª, 10ª e 11ª  Bienal do Livro da Bahia (2009, 2011, 2013) e a Flipelô – Festa Literária Internacional do Pelourinho (2017 a 2022). É convidado, com frequência, para vários eventos por todo o Brasil e no exterior. Recebeu alguns prêmios, dentre eles o Prêmio O Capital 2005, com o livro A terceira Romaria, o Prêmio QUEM 2015, na categoria Literatura – Melhor Autor, com o livro Sete e o Prêmio Hilda Hilst da UBE/RJ 2021, com o livro Garatujas Selvagens. Tem poemas traduzidos para o alemão, árabe, espanhol, finlandês, francês, inglês e italiano.

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  • JUÇARA REGINA VIÉGAS VALVERDE  –Gaúcha de Cruz Alta, pintora e escultora.Médica, Mestre em Endocrinologia e Professora Assistente em Cirurgia Geral FCM UERJ ; no Hospital dos Servidores do Estado do Ministério da Saúde – assessora da Divisão Médica; Coordenadora da Semana das Artes nos Hospitais; Humanização em Saúde. Membro da APPERJ, SOBRAMES/RJ, ABRAMES, Movimento Poetas Sem Fronteiras, Poetas D’el Mundo e Grupo de Humanização Poética/ Poetas D’Arlequim.E-mail: jucarvalverde@gmail.com

  • KARLA JÚLIA -poema sobre o mar de Copacabana do seu livro “Recantos dos Versos íntimos”, premiado em 2019 pela UBE com o troféu Stella Leonardos.

  • LIGIA FEIJO é técnica química aposentada, jornalista, professora de yoga, arte terapeuta, escritora e poeta, autora dos livros :Para Onde Vai a Folha e Amiga Onça.

  • LUCIA MARIA MATTOS DE OLIVEIRA – carioca é graduada em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira .Pós graduada em Língua Portuguesa ,UERJ. Especialização em Afrecanidades,UNB .Acadêmica  Coomendadora pela Academia Capixaba de Letras e Artes de Poetas Trovadores.Moção de Honra pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro,pelos serviços prestados à Educação.Diretora de eventos especiais da APPERJ.Publicou três livros :dois de poemas e uma biografia –conto infantojuvenis, detentora de alguns prêmios e participações em várias antologias e revistas literárias.Apresentou o projeto”Tributo à Maria”,história dos seus afrodescendentes ,na cidade do Cabo, Àfrica do Sul. Responsável pela coordenação geral do Pré Vestibular Comunitário Santa Teresinha, Rio/RJ e coordenadora pedagógica da EDUCAFRO.
  • LUIZ OTÁVIO OLIANI – Graduado em Letras e Direito. É professor e escritor.Publicou 16 livros :10 de poemas, 3 peças de teatro e 3 livros de contos.Participa de mais de 200 obras coletivas.Consta em mais de 600 jornais, revistas e alternativos.Em 2011, foi citado como poeta contemporâneo por Carlos Nejar no livro História da Literatura Brasileira  da Carta de caminha aos contemporâneos,SP,Leya. Em 2020 , foi citado como contista contemporâneo no livro Eu conto o conto assim, de Everaldo Moreira Véras, curadoria de Diego Mendes Sousa, São Paulo , Penalux. Recebeu mais de 100 prêmios literários.Teve textos traduzidos para inglês, francês, italiano, alemão, holandês, espanhol, romeno e chinês. Faz parte da Diretoria da APPERJ.

  • MARCIA AGRAU – é o nome literário de Marcia Uébe, poeta e contista premiada. Diretora da APPERJ – Associação Profissional de Poetas do Estado do Rio de Janeiro. Tesoureira da UBE/RJ – União Brasileira de Escritores. É membro do SEERJ, da SPOC, do Círculo de Poetas Lusófonos de Paris, da Associação “Actes de Présence” (Paris). Coordenou e apresentou pela SPOC o projeto “Versos Noturnos”, tendo também coordenado, apresentado e participado de inúmeros recitais poéticos realizados por essa sociedade e criado, coordenado e apresentado o projeto “Espalhando Poesia” com J.J. Germano. Autora dos livros de poesia “Canto Nu dos Meus Recantos”, “Sob o Signo da Lua”, “A cabeceira dos anjos”, coautora de “Cinco Damas de Ouros” e do livro de conto “A faca e o brinco”, no prelo o romance “Cobertor azul”. Realizou programas de literatura na Rádio Imprensa FM a convite de Eunice Khoury.

  • MARCIO CATUNDA – Escritor e diplomata. Nascido em Fortaleza em 1957.É membro da Associação nacional de Escritores de Brasília, da Academia de Letras do Brasil,do Pen Clube do Brasil, com sede no Rio de Janeiro, da União Brasileira de Escritores e da Associação Profisional de Poetas no Estado do Rio de Janeiro (APPERJ).Escreveu mais de 40 livros de poesia e prosa, alguns dos quais no idioma castellando. Editou também diversos discos com seus poemas musicados e cantados por vários parceiros.

  • MARIA LUIZA FALCÃO –Delegada Regional da APPERJ em BeloHorizonte.Site  referendado pela UNESCO no Diretório Mundial de PoesiaReconhecida como de Utilidade Pública Municipal, através da Lei n° 3353 / 2001 www.apperj.com.br;apperj@apperj.com.br

  • MOZART CARVALHO é mestre em humanidades, cultura e artes pela UNIGRANRIO;Bacharel em filosofia , especialista em língua Latina ,Bacharel e Licenciado em Letras. Poeta, escritor, autor do livro A Cigarra e a Coruja baseado na releitura da história de Esopo com o objetivo de preparar as crianças e jovens para a vida.

  • NANCI VICENTE –Licenciatura Plena ; Letras- Português-Literatura. Primeiro livro editado:Laços de Vida -1989;Segundo livro  ” :Orgasmo Poético” -2001,Em anos anteriores  poesias premiadas e editadas em antologias pela Shogun Arte e Crisalis Editora.Nos anos 90 : homenagem prestada pelo corpo docente e alunos do Colégio de Aplicação da UFRRJ. Primeira placa exposta em homenagem à Seresta em Paquetá, poesia -Seresta da lua cheia. 1999Terceiro livro de poesia será publicado, ainda em 2008.Lançamento em 2009.Atualmente, terminando um projeto de um livro infantil

  • SERGIO GERÔNIMO ALVES DELGADO – Carioca. Editor-chefe da OFICINA www.oficinaeditores.com.br. Ensaísta, contista, poeta, produtor cultural. Publicou em poesia: “Profanas & afins”; “Outras profanas”; “Coxas de cetim”; “PANínsula”; “Belabun” e “Código de barras”. Co-fundador da APPERJ, atual presidente www.apperj.com.br, Diretor da União Brasileira de Escritores, membro do PEN Clube do Brasil e do Sindicato do Escritores/RJ. Premiado no Festival de Poesia Falada de Campos dos Goytacazes/RJ.

  • TANUSSI CARDOSO – Jornalista, Bacharel em Direito, crítico, contista e letrista de MPB. Foi presidente do Sindicato dos Escritores e dedica-se em tempo integral, à literatura em especial `a poesia.Recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais, assim como o reconhecimento de seus pares e de crítica especializada.Participa desde o final dos anos 70, de movimentos ligados a poesia falada. Participa de Congressos e Festivais nacionais e internacionais de Literatura e   colabora com assiduidade em jornais e revistas literárias.É membro da APPERJ.
  • TCHELLO D’BARROS – É escritor e artista visual.Vive no Rio de Janeiro. Publicou 9 livros e possui textos veiculados em mais de 100 coletâneas, antologias e didáticos. Suas criações visuais já participaram de cerca de 200 exposições, com visitas presenciais aos mais de 20 países em que seu trabalho foi exposto/publicado. Ministra oficinas, dedica-se a produções audiovisuais e à itinerância de seu projeto multimídia de Poesia Visual “Convergências”..
  • TERESA DRUMOND é Pedagoga: pós-graduanda no IFRJ, no Curso de Especialização em Educação de Jovens e Adultos :poeta; contista; biógrafa, professora em oficina de Escrita Literária; ativista cultural. Idealizadora do Projeto Cultural POETA SAIA DA GAVETA. Verbete no DICIONÀRIO CRÍTICO DE ESCRITORAS BRASILEIRAS.
  • VAL MELLO , administradora empresas. Explora suas facetas como  poeta e artistas plástica. Remonta versos e aforismos em sua página do Instagram   @poesia_ruiva e suas ilustrações em @visual_poema. Participou de inúmeras coletâneas poéticas. Lançou seu primeiro e-book em 2020,  “A Violeta 19- Uma Transmutação Pandêmica”, em coautoria com o jornalista e poeta, Jorge Ventura, cuja obra foi duplamente premiada nacional e internacionalmente.  Seu primeiro livro solo intitulado “Vermelhos InVersos” foi premiado pela UBE/ RJ – União Brasileira dos Escritores do Rio de Janeiro com o prêmio Manuel Bandeira de poesia.   É autora do blog Nudez do Pensamento e é  diretora de mídia digital da APPERJ (Associação Profissional de Poetas no Estado do Rio de Janeiro).
  • VICTOR MEIRELLES – Carioca , criado na favela da Coréia. Artista, palestrante, jornalista,ativista cultural, arte educador , foi apresentador do programa Rio Cultural na Rádio Rio de Janeiro por 10 anos. Apaixonado por arte e educação, levou o trabalho para mais de 500 cidades ,35 estados e 7 países . Menino de periferia que com teatro , papos de literatura, e motivação , foi além. “ A arte e educação não me tirou da favela, me levou para outras , realizando meu sonho de uma carreira internacional, sendo um dos primeiros a interpretar uma peça brasileira em língua portuguesa na Broadway NY EUA.”

  


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